04/02/2013

Copa: restaurantes serão classificados.

Em um projeto que está sendo elaborado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) se prevê classificar os restaurantes de acordo com as condições sanitárias (higiene, boas práticas...), como já acontece em outros países.




     Até novembro, a Anvisa deve apresentar as primeiras "notas" de restaurantes das 12 cidades-sede da Copa.
     A ideia segue experiências já adotadas em países como Dinamarca e Nova Zelândia e em cidades como Nova York.Na cidade americana, desde 2010 os restaurantes são categorizados por letras -em que A é a melhor e C é a pior. Depois de avaliado, o restaurante deve afixar, de forma visível para o consumidor, sua "nota" -informação que vai parar até num aplicativo para smartphones.
    Após a medida, um estudo apontou queda no número de casos de Salmonella -bactéria que pode causar diarreias, vômitos etc.
    Um sistema de letras semelhante é usado na Nova Zelândia. Já a Dinamarca usa carinhas mais e menos felizes para indicar a condição sanitária dos restaurantes.
     Essa transparência é boa, avalia o dinamarquês Simon Lau, chef do badalado restaurante Aquavit, em Brasília.  "Eu gostaria de colocar um sorriso ou uma letra 'A' no meu restaurante", afirma.


MODELO NACIONAL

   No caso do Brasil, ainda não foi definido se a categorização vai ser por letras e nem a forma como a comunicação será feita -se pela internet ou com aviso no estabelecimento.
   Durante dois anos, a agência quer testar o projeto, ainda tido como piloto, nas cidades da Copa -até para ser um guia a turistas estrangeiros. Há a possibilidade de estender a iniciativa a outras localidades.
   A adesão das cidades é voluntária e haverá recursos federais para qualificação de técnicos locais de vigilância sanitária.
   Caberá ao município estabelecer prioridades locais -como focar em um tipo de restaurante ou priorizar bairros-, com base num "check-list" de principais riscos à saúde.
   O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, ressalva que nenhum local ficará aberto sem o mínimo de higiene hoje determinado pelas leis brasileiras.



APROVAÇÃO

  De forma geral, a proposta é bem vista pelo setor.
  Fernando Cabral, da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), defende que seja voluntária a divulgação do resultado pelo restaurante -o que não está previsto. A entidade ainda questiona a capacidade de fiscalização da vigilância.
   A ANR (Associação Nacional dos Restaurantes) diz que o modelo funcionou no exterior e que aguarda a divulgação dos critérios nacionais.




Fonte: Folha de São Paulo

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